sábado, fevereiro 2

Cafés&Companhia

Esta tarde, a exemplo daquilo que é uma rotina que gosto de ter, fui tomar um cafezito, cigarrito e jornal. Sozinho. Porque se não houver companhia, não me importo nada de estar num café sozinho. E foi o que aconteceu.

Eixo Norte-Sul, saída para Telheiras, estacionar o carro, pedir café e copo de água, e sentar na esplanada bem instalado. Sacar do cigarro e isqueiro, pôr o café à boca e espreitar o jornal.
A carteira também a tinha deixado em cima da mesa, até ver dois jovens com aquele andar mafioso de quem anda a dançar fora da pista de dança, a demonstrar que quem está à vontade ali são eles e não eu.

A carteira foi para o bolso das calças porque assim que os vi comecei logo a pensar nos recentes carjackings que têm havido em Telheiras e achei que nenhum deles teria problemas em passar pela mesa e levá-la, fazendo uma corrida de 100m que eu não estava disposto a acompanhar.
Sentir insegurança é mesmo chato, principalmente quando o que se quer é beber tranquilamente um café.

Quando os marginais partiram, fixei o meu olhar na paragem de autocarro em frente, onde uma velhinha tentava subir os degraus do autocarro.
Uma senhora que estava lá dentro saiu do seu lugar para a ajudar e o motorista do autocarro só partiu quando pelo retrovisor teve a certeza que a senhora já estava sentada.

Nesse momento, a tranquilidade regressou ao meu espírito.

Ainda não está tudo perdido!

1 comentário:

Anónimo disse...

Preciso de ouvir mais fins de historias como este para pensar da mesma forma: ainda não está tudo perdido.