segunda-feira, dezembro 14

Descanso merecido!

Aconselho aos mais sensíveis leitores do meu blog a não lerem este post. Trata-se de um desabafo muito politicamente incorrecto que pode abalar os sentimentos das pessoas mais sensíveis. O tema é crianças insubordinadas. Ou apenas crianças nos seus dias mais difíceis. Basicamente, ao longo da minha ainda reduzida existência, dou por mim com acessos de irritação e nervosismo na presença de crianças em situações muito particulares. Basicamente em momentos em que quero relaxar e as crianças me impedem de o fazer. E esses momentos são as férias, os jantares num restaurante, os pequenos-almoços em hotéis ou simplesmente uma imperial numa esplanada. Ainda este fim-de-semana, estava a tomar o pequeno-almoço num hotel em Sintra e fui massacrado com gritos, choros e birras de crianças. Acabado de acordar, e pronto a iniciar mais um dia de prazer, cheguei à zona do pequeno-almoço. Servi-me, iniciei o repasto e começou a entrar no ouvido os acordes agudos das crianças presentes. O que pela manhã, é extremamente desagradável. E até conversei sobre o tema com a minha companhia da manhã. Porque razão é que eu enquanto fumador tenho que me deslocar para fora do hotel para poder fumar, e aquelas crianças podem estar a berrar ao meu ouvido logo pela manhã? Porque é que os pais com crianças não são obrigados a ir para uma sala especial insonorizada para deixar descansar as restantes pessoas que só querem tomar o pequeno-almoço descansado? Da mesma forma que numa explanada, num momento de descontracção, temos de apanhar com crianças aos berros a escolherem os seus gelados e a irritarem as restantes pessoas que só querem descansar. Fala-se muito de que é uma questão de educação que se dá às crianças; mas acredito que mesmo os melhores educadores não conseguem controlar todas as birras que elas fazem. Na minha opinião, os pais com crianças pequenas têm que perceber que as crianças até determinada idade não tem capacidade de se comportar e por isso devia evitar lugares onde potencialmente vão perturbar os demais utilizadores dos locais que estão a frequentar. E sei que muitos pais têm a sensatez de o fazer. É um a questão de bom senso. E esse bom senso não passa pelas crianças. Passa pelos pais.

quarta-feira, novembro 25

Terminal de contentores de Alcântara

Parece que se chegou a uma solução intermédia quanto ao terminal de contentores de Alcântara – limita-se a altura a um máximo de 5 contentores empilhados. Retirando da discussão a validade do acordo com a Mota Engil para a exploração para os próximos anos do porto de Lisboa, quanto à questão do impacto visual dos contentores parece que chegámos a uma boa solução. Uma solução que tenta abarcar interesses económicos com os interesses urbanísticos e de impacto visual.

Acho que a sociedade por vezes se esquece de que a indústria é parte fundamental do desenvolvimento de um país. Cria empregos, cria riqueza, cria desenvolvimento. E obviamente produz impactos. E alguns impactos menos bons. E temos de viver com eles.

Se olharmos para o caso da cimenteira da Secil na Serra da Arrábida, junto às praias, conseguimos lembrar-nos de alguns quantos fundamentalistas que acham que aquilo é um atentado ambientalista grave, que cria crateras profundas na serra, que provoca um grande impacto visual e que até é terceiro mundista.

Mas essas mesmas pessoas de olharem para o outro lado da foz do Sado e virem a península de Tróia, terão de se lembrar que os edifícios não são propriamente feitos de ar… que é necessário cimento para os pôr em pé. E portanto, cimento é necessário. Pode-se importá-lo, mas não sei se sairá mais barato aos cofres do Estado, até porque o cimento é daqueles produtos de difícil exportação.

Da mesma forma, os contentores em Alcântara são um “mal” necessário. Claro que era lindo olhar para o rio Tejo e apenas ver cegonhas e espaços verdes. Nenhuma estrada, nenhum carril, nenhum carro, nenhum comboio, nada. Nada que pudesse perturbar a tranquilidade da vista sobre o rio. Mas ninguém se pode esquecer que o rio atravessa uma cidade – a cidade de Lisboa. E que esta, como outras, precisa de se abastecer de uma série de produtos que vêm de barco em contentores. Poder-se-ia criar um espaço para receber contentores fora da cidade mas os custos seriam grandes e a competitividade do porto seria duvidosa. E há cidades lindas, como Hamburgo, que convivem tranquilamente com o seu porto gigante. É, aliás, um ponto turístico de interesse da cidade.

E desta forma, o que eu queria mesmo dizer é que as pessoas têm de se habituar a fazer compromissos. As soluções mais engraçadas podem não ser as mais viáveis. Principalmente do ponto de vista económico.

E para aqueles que adoram frases sensacionalistas como “devolvam o rio à cidade”, advogando que o porto deveria sair de Lisboa, apenas gostava de lhes dizer que isso poderia ter um impacto financeiro grande nas contas da autarquia lisboeta.

E por isso, caso a câmara deixasse de ter meios para gerir em condições a cidade, não se admirem de sem porto começarem a pedir não o rio mas antes a limpeza das ruas, a iluminação pública, a rega dos jardins municipais e tantas outras coisas que poderiam ser postas em causa por medidas insensatas como algumas associações insensatas querem impor.

sexta-feira, novembro 20

Jogadores de Poker recrutados para Trading - nada de novo :)

arvard Poker Pro Says Texas Hold ‘Em Can Teach Traders to Fold 2009-11-20 05:00:00.0 GMT


By Mason Levinson
Nov. 20 (Bloomberg) -- Brandon Adams, who teaches behavioral finance at Harvard University’s Department of Economics, says some of the best candidates for Wall Street trading jobs are the professional card players at FullTiltPoker.com and similar Web sites.
“They’ve essentially been the survivors in the system, a very difficult system where 95 percent of people lose money,”
the 30-year-old Adams, who plays at the site, said in a telephone interview. “Anyone smart enough and disciplined enough to survive that system is probably going to do very well in the trading world.”
An increasing number of hedge funds and brokerages are scrutinizing professional poker to find talent and analytical tools, according to financial recruiters including Options Group, a New York-based executive-search company. Susquehanna International Group LLP, the Bala Cynwyd, Pennsylvania-based options and equity trading company, uses poker to teach strategic thinking.
“Someone who has made a successful living as a poker player for a few years would more likely be a good trader than someone who hasn’t,” said Aaron Brown, a 53-year-old former poker pro who is now a risk manager at AQR Capital Management LLC in Greenwich, Connecticut, which oversees $23 billion.
“They know to push when they have the edge and they know how not to bust, and that’s a tough combination to find.”

Skill Sets

Skills that define successful traders -- rational approach toward risk, speedy decision-making under pressure, discipline and a well-trained memory -- are the same ones that separate elite poker players from ones known as “dead money,” financial recruiters say.
After the World Series of Poker started in Las Vegas four months ago, Options Group recruiter Simon Satanovsky said he received a hedge-fund request for online poker players with no financial experience. He wouldn’t identify the client.
“Before, we were asking about GPA or the Math/Physics Olympiad,” Satanovsky, a former Russian national bridge champion, said in a telephone interview. “Now, we’re asking questions about poker successes.”
Satanovsky said Wall Street firms and recruiters have been paying increasing attention to poker players as job candidates since 2003, when amateur Chris Moneymaker beat hundreds of professionals to win the World Series of Poker’s No-Limit Texas Hold ‘Em main event.

The Right Game

Adams, who has taught at Harvard in Cambridge, Massachusetts, each spring since 2003, said disciplined poker players can be spotted on sites such as Full Tilt and PokerStars.com waiting for particular games, not tempted by those outside their area of expertise or financial comfort level.
Their self-control and confidence would be useful in trading where large profits are possible, the probability of going broke high and the competition formidable, he said. Adams cited as an example a trader who notices a slight imperfection in the way options are being priced, then works to come up with the proper bet per trade.
“In poker, people are used to not sitting back and waiting for the fat pitch,” Adams said. “They’re used to skirting the edge of ruin and they learn the tools of how to do that.”
Susquehanna has been using poker to teach its new traders since it was founded in 1987, said Pat McCauley, who heads the privately held firm’s trader-development program.

College Friends

The company’s founders played the game as college friends at the State University of New York-Binghamton. Susquehanna has held in-house poker tournaments to recruit traders and monitor decision-making skills.
The trainees learn to use information they see in the marketplace to infer what motivates others, helping them make better prices. It’s the same way poker pro Phil Ivey, considered among the game’s greats, makes bets based on what he sees among his opponents, McCauley said.
“What professional poker players are really good at is taking this information that’s relatively subjective, quantifying it and making it objective, and that’s what trading is about,” McCauley said.
The ability to write complex poker algorithms, which either run poker Web sites or try to beat them, will get hedge funds interested, said Todd Fahey, a recruiter who specializes in quantitative finance at New York-based Exemplar Partners.
“There have been a few guys that I’ve placed in the industry that come from the poker software side of the house,”
Fahey said in a telephone interview. “Two Sigma, D.E. Shaw and any of your larger computationally-based hedge funds are going to want to see people like this.”
Two Sigma Investments LLC and D.E. Shaw Group, both based in New York, declined to comment.

Begleiter’s Try

The worlds of poker and finance often intersect. Steven Begleiter, who headed corporate strategy at Bear Stearns Cos.
before its 2008 collapse, earned $1.6 million earlier this month with a sixth-place finish in the main event. Greenlight Capital LLC founder David Einhorn was 18th in 2006. The annual “Wall Street Poker Night,” benefiting Math for America, was started by billionaire James Simons, the founder of hedge-fund firm Renaissance Technologies Corp. This April, the $5,000 buy-in tournament drew 100 entrants -- 90 percent from hedge funds or other Wall Street jobs -- raising $1.3 million.
Even though poker players make good traders, they aren’t necessarily good with their own investments, said Adams, adding that he is almost “famously unsuccessful” as an investor.
“Poker players are lazy and they’re gossipers,” he said.
“If you look at the way they trade, they tend to latch onto other people’s ideas.”

Texas Hold ‘Em

One person who has chosen poker over finance is Joe Cada, who this month outlasted Begleiter and Ivey at the main event final table. Cada, who plays the game professionally, was first among 6,494 entrants and took home the $8.55 million top prize, giving half to financial backers Cliff Josephy and Eric Haber, poker pros with Wall Street backgrounds. The Texas Hold ‘Em contest had a $10,000 entry fee.
“As a little kid, I used to watch the stock markets day in and day out,” Cada, 22, said in an interview. “My parents always thought I was going to get into banking or become a stockbroker because I was really good with math and logic, and I was obsessed with money.”
Cada said he plans to remain a poker pro. AQR’s Brown, the author of “The Poker Face of Wall Street” and a life-long player, long ago gave up the game professionally after a couple years of trying.
“I eventually decided finance was easier,” he said.

sexta-feira, novembro 13

Sexta feira 13





Hoje é sexta-feira, dia 13. Um dia que eu não gosto particularmente. Não da sexta. Apenas do dia 13 numa sexta-feira. Como se costuma dizer que nestes dias há que atrair pensamentos positivos, resolvi propor-me a esse exercício. E decidi procurar quando será a próxima sexta-feira, dia 13. Descobri que ainda vamos ter de esperar algum tempo. Será no mês de Agosto. Ou seja, será no Verão. E então o meu pensamento ficará hoje retido no Verão. Até porque será uma boa alternativa para “aturar” este dia cinzento…

PS – Eu escrevi este post de manhã, pelo que devem relativizar o interesse do seu conteúdo.

terça-feira, novembro 3

Por fim a tranquilidade

Hoje dei por mim a fazer uma tarefa no trabalho com uma sensação de tranquilidade que já há muito não sentia. Parece que ao fim de 2 anos de trabalho numa nova empresa, começo a curar-me do stress que a Deloitte me causou. No mundo Deloitte, que deve ser generalizado a todas as consultoras, todo o trabalho é sempre para ontem. Tudo é avaliado como lento e mal feito. Tudo é feito à pressa. E uma pessoa acabada de sair da faculdade como eu – na altura – fiquei convencido da inutilidade das minhas produções laborais. E portanto, importava ser mais rápido e ainda mais perfeito. Até ao limite. E sempre sem atingir a perfeição. Mesmo que ela tivesse sido largamente atingida. Porque no mundo das consultoras, o objectivo é transformar seres normais em seres imperfeitos, que buscam incessantemente a sua perfeição. Neste estado de insegurança, consegue-se acelerar todos os objectivos que uma chefia nos proponha atingir. E assim, andei 3 anos insatisfeito com a minha performance, mesmo que nessa mesma altura fosse passar a sénior consultant. O que para o tempo passado efectivamente reconhecia as minhas qualidades laborais. Saí desse mundo cão. Fui trabalhar para a Banca. Acho que tenho, neste momento, um trabalho absolutamente normal. Mas em termos de método de trabalho, carreguei bastante o estado de espírito Deloitte. Continuei a ficar atormentado sempre que me davam trabalho. Pelo medo de falhar. Pelo medo de ser lento. Pelo medo de não ser perfeito. Mesmo que o fosse. E agora, depois de largos 24 meses, começo a sentir novamente prazer em produzir coisas. Em valorizá-las. Em sentir orgulho nas minhas produções.
Demorei, mas parece que tudo volta novamente a sorrir-me.

terça-feira, outubro 27

O chamado cumprimento sectário...



Existe um estranho hábito nas empresas a que eu chamaria de cumprimentos sectários. Ou seja, pessoas que, ao cruzarem-se com outras, as cumprimentam com um sorriso ou com um bom dia, de acordo com o seu estatuto profissional. As senhoras da limpeza então é como se não existissem. Ou os senhores da manutenção dos jardins exteriores existentes em todos os andares. Cumprimentam apenas ao seu nível ou em níveis superiores aos seus. Isto sob o risco de também não serem cumprimentados, porque os seus superiores hierárquicos podem considerá-los também não dignos de cumprimento. É qualquer coisa que me faz uma confusão indescritível, que normalmente desabafo com o meu colega de trabalho ao lado. Acho incrível esta espécie de snobismo social e profissional. Dá cabo de mim. Dá vontade de abanar as pessoas e perguntar o que é que se passa nas cabecinhas delas. Chega a ser tortuoso. Acho que é algo a que nunca me vou conseguir habituar. Alguém tem sugestões para acabar com esta situação ridícula?

terça-feira, outubro 20

Perfeição

Há coisas perfeitas. Estou neste momento numa sala de mercados, com a sua confusão habitual, com os phones nos ouvidos, a ouvir uma música, que é perfeita. E há mais músicas perfeitas. Esta agora que estou a ouvir dá-me um sentimento de reencontro comigo mesmo tão grande. È mesmo reconfortante. Desperta as melhores sensações que existem em mim. É mesmo muito estranho. Era capaz de aqui ficar em modo repeat (o que já é o caso) até ao fim dos meus dias. Há mais coisas perfeitas. Há as plantas, que eu adoro, há esplanadas com vistas magníficas, há a ronha no sofá com um cobertor quentinho, há um mergulho num mar quente, há alguns beijos memoráveis, há toques inesquecíveis, há uma cerveja fresquinha, há tanta coisa. Mas que só sabem bem e verdadeiramente existem quando estamos sintonizados. Há que manter as coisas orientadas nesse sentido. Sugar ao máximo todos esses momentos e sensações. Esquecer e nunca voltar a lembrar tudo aquilo que desequilibra um estado de alma perfeito…

quinta-feira, outubro 15

Uma imagem vale mais do que mil palavras

Acreditando no ditado do título deste post,o que acontece no meu caso, acho que há uma melhoria enorme que poderia ser implementada pelo Outlook. Quantas vezes não damos por nós há 2 anos a trabalhar numa empresa, a trocar mails e mais mails, com pessoas que não conhecemos? Bom, não conhecemos fisicamente, diga-se. Porque por vezes já os ouvimos ao telefone e com alguma confiança até já sabemos um pouco da sua vida pessoal. E mais vezes ainda, já nos devemos ter cruzado nas instalações do edifício onde trabalhamos. Mas não nos reconhecemos. E isto porquê? Porque não temos uma imagem associada ao endereço de e-mail. Acho que era um pormenor tão facil de instalar. Ia facilitar tanto a comunicação dentro da empresa. Ia criar uma coesão muito maior entre todos. É caso para reafirmar que uma cara vale mais do que mil nomes...

quarta-feira, outubro 7

Mais aquisições ao nível da flora!

Este fim de semana prolongado estive em Castelo de Bode. E o terreno envolvente à casa estava todo ajardinado, pelo que me deliciei a dar longos passeios para descobrir as mais variadas espécies de plantas. Resultado - vim para Lisboa com mais estacas para ver se pegam. Uma estaca de medronheiro, outra de um cameleira e duas de heras (estas últimas duvido que não se safem, já que são consideradas uma peste pela maior parte das pessoas). Ainda tivemos oportunidade de recolher sementes de magnólia, que são árvores magnifícas. Depois de secarem, também serão semeadas num vaso. Em relação às cubanitas, quando tiver o carro novamente de volta vou transplantá-las para um vaso em minha casa! Aguardem novidades!

terça-feira, setembro 1

Transportes públicos

Ontem, por volta das 22h, estava em Alvalade e decidi ir para casa. Como o meu carro está a arranjar, decidi-me pelos transportes públicos. E confirmei que nada mudou. O sentimento de insegurança mantém-se, como se mantinha quando eu era mais novo e recorria necessariamente a transportes públicos.
Nessa altura, devo ter sido assaltado umas 30 vezes, sem exagero nenhum. Felizmente que agora a minha compleição física (e não mental, note-se), faz com que existam vítimas mais “fáceis” do que eu. Mas de facto, era interessante ver alguns dos nossos políticos a andarem num metro a horas tardias, sozinhos, para assistirem ao ar cinzentão e amedrontado das pessoas. Na viagem de autocarro de ontem, fui brindado com um grupo de miúdos que entrou em Santos-o-Velho, e que andava a brincar com navalhas, a perfurar os estofos e a agitar as mesmas com ar desafiante para os restantes passageiros. Claro que o clima dentro daquele autocarro era de bastante tensão. E é por isso que eu deixei de andar de transportes públicos a horas tardias, principalmente sozinho. E acho que é por isso que eles não têm a adesão que poderiam ter. Estou desejoso que o meu carro esteja pronto, porque já estou farto de gastar dinheiro em táxis.

quinta-feira, agosto 27

E nasceu a segunda cubanita!

Hoje de manhã ao acordar, fui espreitar o aspecto da minha cubanita. E não é que ao lado dela nasceu mais uma! Elas tardam mas fazem-se. Estão ambas em bom estado de saúde e recomendam-se. Um dia destes publico umas fotos das meninas!

terça-feira, agosto 18

Casa e afins...

Agora que ando embrenhado no tema da casa, fiquei a saber duas coisas muito interessantes.

1) Em vez de ter de pagar X, vou ter de pagar X/2 pelo imposto de selo e pelo IMT. Metade de valores desta grandeza consegue ser uma óptima notícia!

2) Existe um cartão de crédito do IKEA sem juros por 24 meses.

Duas notícias bem interessantes, portanto :)

segunda-feira, agosto 17

A minha cubanita

Quem já me conhece há algum tempo sabe que eu adoro plantas. São seres magníficos e muitas vezes maltratados.
Hoje queria falar da minha cubanita. Numa viagem recente a Cuba, numa ida à praia, reparei numas trepadeiras que cresciam sob um sol escaldante, mesmo na areia da praia, e que mantinham no entanto um verde viçoso e umas flores lindas. E pensei logo que se se davam bem num clima tão inóspito, certamente conseguiriam vingar no meu vaso lá de casa. E então, resolvi trazer umas quantas sementes da mesma e enterrá-las no vaso cá em Lisboa. E na chegada agora das férias, foi ver duas folhas no vaso a brotar da terra. Nasceu a minha cubanita. Estou agora é preocupado com a chegada do Inverno. Pode ser que morra de frio. Vou-vos mantendo actualizados.

Casa@Caminho

Nesta quinta feira darei início a uma nova fase da minha vida. Pela primeira vez serei proprietário de algo que calha a todos. Uma casa. É o culminar de anos de um percurso que só um grande esforço de antevisão consegue manter vivo. Acho que na altura em que abraçar aquelas paredes é que vou perceber que valeu mesmo a pena queimar pestanas a estudar, e outras tantas a trabalhar que nem um louco (literalmente). E como todas as novas fases na vida de uma pessoa, já tenho na manga mais algumas alterações que vou tentar implementar. Vamos ver se corre tudo como o planeado.

sexta-feira, julho 31

Constipações!

Estarmos adoentados resulta mesmo. É uma purga. Dá-nos aquilo que precisamos para valorizar tudo o que fazemos quando não estamos doentes. E para isso basta uma constipação mais difícil de curar. O mais incrível é que até estou contente com isto. Faz baixar o ritmo acelerado da vida.

quarta-feira, julho 29

Santana no seu pior!

Ainda há gente que sabe

Quem conhece bem o verdadeiro tuga, sabe que o carro é como se fosse um objecto de museu, digno de mais arrumação e limpeza do que a sua própria casa. Uma verdadeira extensão da sua personalidade. Posto isto, alguém se lembrou de uma ideia brilhante - que não é assim tão brilhante porque não é nova - mas que é brilhante porque dada a situação não poderia ter sido melhor aplicada. Na zona que percorro (por enquanto) até ao meu trabalho, passo por uma zona de infantários e escolas com algumas passadeiras. E como alguns tendem a desreipeitá-las, ou a transformar aquilo numa pista de rally, a câmara, ou a junta, ou uma peregrina instituição qualquer resolver colocar umas mega lombas - daquelas em que o carro chega a ficar totalmente em cima da lomba - para atenuar a velocidade a que os carros passam or ali. E claro que, tudo que é tuga, com a sua paranóia em relação ao seu carro, praticamente reduz a velocidade para zero, provocando uma fila digna do nome bicha. E estamos ainda em pleno Verão, em que as escolas não estão a funcionar. Quando começarem as aulas, já não devo ter de fazer este percurso a caminho do trabalho, mas garanto-vos que toda a gente que vem da Infante Santo para o centro da cidade vai demorar bastante mais tempo para chegar ao destino. O mais engraçado é que tudo isto seria contornável se as pessoas cumprissem as paragens da passadeira. E também seria contornável se as pessoas percebessem que a suspensão do carro existe para ser usada. Uns pagam pelos outros. É uma estupidez.

terça-feira, julho 21

Brightless live

Era uma vez uma menina nascida em Lisboa. Nascida numa barraca de madeira, onde os seus pais vindos da Roménia se tinham instalado. Durante a sua infância andou ao colo da mãe a pedir à beira da estrada nas ruas da capital. Sempre bem adormecida, para que a sua agitação não afectasse o “negócio”. Chegada aos 8 anos, chegou a independência. Passou a pedir sozinha e a sofrer sozinha. De cada vez que a policia a apanhava, dava-lhe umas valentes lições de moral, que passaram a violência à medida que os anos foram avançando. E de cada vez que ia para casa queixar-se à família, o álcool que o pai tanto gostava ditava que teria de voltar para a sua “profissão”. A certa altura fartou-se, mas sem habilitações teve de se empregar num negócio obscuro para conseguir sobreviver. E foi nesse emprego que foi apanhada pelo SEF, quando estava numa casa de prostituição. Foi expulsa do país porque não tinha documentação. Foi enviada para a Roménia, que era a terra dos seus pais. Assim que chegou, e sem raízes nenhumas que a ligassem a este novo país, decidiu fazer uma coisa.

segunda-feira, julho 20

Rescaldo do fim de semana

E como prometido, aqui deixo o relato da pescaria deste fim-de-semana. Resultado prático: zero exemplares caçados! A água estava com muito pouca visibilidade, o que tornou impossível conseguir sucesso nas águas algarvias. Ainda assim, uma nota amarga. Da única vez que vi um exemplar (um choco de tamanho muitíssimo interessante) não levei a arma. Foi bastante deprimente ver o bicharoco a deambular à minha frente, como se estivesse a zombar comigo. Enfim, mais fins de semana de caçada se seguirão

quinta-feira, julho 16

Caça!



Hoje vou à Decathlon comprar o que falta para me apetrechar para o retorno à caça submarina! Na segunda dou-vos a listagem daquilo que pesquei!

quarta-feira, julho 15

Até parece de propósito!

E não é que hoje estão a bloquear todos os carros dos homens das obras?!? Haja justiça :)

segunda-feira, julho 13

E a saga continua...

Como muitos devem saber, neste momento tenho vindo de carro para o trabalho. Não tendo lugar de garagem, tenho que estacionar nas zonas exploradas pela Emel. E como qualquer um, tenho que ir retirando ao longo do dia os títulos de parquímetro para que o carro se mantenha em situação legal. Acontecem no entanto algumas excepções à regra. Num edifício em obras mesmo em frente ao meu trabalho, há sempre uma dezena de carros estacionados em cima do passeio que parecem estar acima da lei. Qualquer carro parado há mais de cinco minutos em cima do passeio fica bloqueado nesta zona. Mas os carros do senhores que trabalham nas obras não. Ainda hoje foi ver dois inspectores da Emel em conversação com os homens das obras, tendo o resultado sido nulo. Nem multas, nem bloqueamentos e os carros continuam lá estacionados. Também aqui perto, a caminho do Príncipe Real, há uma mercearia de um velhote que também passa incólume. O senhor tem a carrinha à frente do estabelecimento, com uns cartões a tapar as rodas, a dizer mercearia. E parece que funciona na perfeição. Estou a imaginar-me a colocar também uns cartões nas rodas do meu carro a dizer “funcionário ao serviço do BES”, para ver o que acontecia… Isto é uma vergonha. Tanto os homens das obras, como o senhor da mercearia, como toda a gente que leva o carro para ir trabalhar deviam ser alvo do mesmo tipo de critérios.

quinta-feira, julho 9

Good News Daily

Em conversa, um amigo de trabalho falou-me de uma ideia interessante. O conceito de um novo tipo de jornal que se chamaria Good News Daily. E esse nome dever-se-ia à abrangência das notícias que iriam preencher o jornal – teriam de ser apenas notícias positivas do que se passa um pouco por todo o lado. Imaginem de manhã ir tomar um café e apenas lerem informações animadoras sobre a economia, a sociedade, o ambiente, etc. Seria um início de manhã em grande.
Acho que seria um conceito a explorar.

sexta-feira, julho 3

Terceiro Mundismo

Não consigo perceber esta coisa das frotas de carros do governo ou das embaixadas, envolvidos em carros e motas da polícia, num frenesim a caminho dos hotéis aqui da Av. da Liberdade. Numa estrada sem trânsito, onde apenas se tem de esperar que o sinal mude para verde, lá vão eles parar o trânsito no sentido oposto para chegar mais rapidamente ao destino. O que é o mesmo que dizer que para salvaguardar que chegam a horas às conferências, atrasam todos os outros carros que são obrigados a deixá-los passar. Não sou fundamentalista ao ponto de achar que situações destas não possam existir, como na deslocação de um presidente dos Estados Unidos em Lisboa, onde há razões de segurança envolvidas. Mas como isto acontece por aqui umas 10 vezes em dia, acho que deve haver pessoas transportadas nestes carros que não correm nenhum risco iminente em relação à sua integridade física, que apenas não querem sujeitar-se ao trânsito da cidade. E isto para mim é absolutamente inaceitável. Se querem chegar cedo saem mais cedo a caminho dos locais de destino. Como aliás todos temos de fazer…

FDS

Hoje é dia de partir para a Aldeia do Trízio, localizada à beira da barragem de Castelo de Bode. Este fim-de-semana será recheado de natureza (paisagem magnífica), desporto (wakeboard), convívio (festa popular de Verão) e bronze. Até segunda!

terça-feira, junho 30

Angola, o funil de África

Já se ouvia em conversas de café há muito tempo que para iniciar projectos empresariais em Angola era preciso o apoio do presidente José Eduardo dos Santos ou familiares próximos. E é o que tem acontecido sempre que as empresas portuguesas tentam entrar no mercado angolano. Mas se dantes a coisa era relativamente abafada e escondida, agora é tudo feito às claras. É notícia diária de jornais.
Aqui podem ver no portal das empresas do Governo de Angola as ligações da filha de José Eduardo dos Santos às empresas portuguesas.
A mim o que me perturba não é a iniciativa empresarial da família Santos, mas apenas a sua “capacidade” de entrar no capital de qualquer empresa portuguesa que queira investir em Angola. Faz-me lembrar com demasiada semelhança as máfias que existiam em Nova Iorque e as máfias que ainda existem em Itália, há pouco tempo retratadas em filme. Acho verdadeiramente terceiro mundista que esta situação não seja comentada na nossa comunicação social. Porque se está na moda uma empresa ambientalmente responsável (que é agora a nova moda nas empresas) acho que não deveria ter passado de moda a responsabilidade social que qualquer empresa deve ter para com o povo angolano.

quinta-feira, junho 25

E agora já num estado de maior libertação mental!

Já tenho cartão MB, daqui a meia hora já tenho o pedido de cartão de cidadão tratado. Já fui buscar as análises. Já fui ao médico. Já marquei restaurante e realizei o bendito jantar. Ainda faltam as restantes coisas, mas já estou a ver a situação menos nebulosa! :)

quarta-feira, junho 24

Temas a mais para tratar provocam lentidão mental…

É neste estado em que eu estou! Roubaram-me a carteira há uns dias. Cancelei os cartões. Agora tenho que tratar de renovar cartões. Tenho que ir à loja do cidadão. Tenho também que ir ao médico. Tenho que ir buscar as análises. Tenho que marcar mais uma consulta. Tenho que devolver o dinheiro a quem me emprestou. Tenho que marcar restaurante para o meu jantar de anos com pais e irmãs. Tenho que decidir se vou ou não para a Areia Branca este fim-de-semana. Tenho que mandar mensagens que estão em falta. Tenho de comprar roupa para o trabalho. Tenho que azucrinar a cabeça à minha Lenka que não põe lá os pés à semana e meia. E por isso, ainda nem comecei a pensar nas próximas férias...

quinta-feira, junho 18

Já chega...

Estava eu a caminho do meu reparador almoço em casa, depois de uma manhã de trabalho, e apanho pelo caminho mais uma manifestação de professores. Sem querer parecer reaccionário, já não tenho muita paciência para esta gente. Já não vou à questão das avaliações, que acho perfeitamente razoável. Nem vou entrar por aí. Nem sequer está aí a questão. O que esta gente tem que perceber é que trabalha para o Estado. E quem manda no Estado é o Governo. E este é eleito por todos nós. Por isso, o Estado funciona como nós achamos que deve funcionar. E quem trabalha para o Estado tem mais é que acarretar aquilo que o Estado determina. Estão insatisfeitos, procurem emprego noutro lado. Ah, e tal, os colégios também não oferecem boas condições… Então, vão trabalhar fora do sector do ensino. Eu também estou a trabalhar numa área em que não me formei. E conheço muitos amigos meus nesta situação. Ninguém está a obrigar os professores a trabalhar nem mais nem menos. Eles têm sempre a opção de mudar de emprego. Isto irrita-me sobejamente. Acho que é preciso muita lata para me interromperem a estrada no caminho para minha casa. E como dizia o meu avô, vão mas é cavar batatas.

segunda-feira, junho 15

Back to Business

Regresso ao trabalho. Regresso à rotina. Esperemos que a uma nova rotina. Mais sensata. Mais equilibrada. Vamos lá ver o que sai na rifa desta vez...

quinta-feira, maio 21

Grande noite de Poker



Can't read my,
Can't read my
No he can't read my poker face

terça-feira, maio 19

Escrever em bom português!

Hoje ficou mais uma dúvida esclarecida relativamente à língua portuguesa. Por vezes faço um pouco de escrutínio às minhas próprias expressões para avaliar se são correctas. Estava na conversa e saiu-me qualquer coisa como: “A culpa não é de ninguém”. Ao que se seguia a minha dúvida: se a culpa não é de ninguém, então é porque naturalmente deveria ser de alguém. Estava perante um caso de negação da negação, como na matemática, em que dois sinais negativos produziriam um resultado positivo. Mas a língua portuguesa é bastante mais rebuscada do que a matemática (ainda que boa parte dos portugueses ache o contrário sem que eu perceba porquê…).
Estabelecida a dúvida, estava na altura de a googlar, e o resultado está transcrito abaixo:

[Pergunta Resposta]

Dupla negativa, mais uma vez

[Pergunta] Tenho uma expressão curiosa que me tem afligido durante uns tempos e que é repetida vezes sem conta por todo o lado. Por exemplo, tenham em atenção as seguintes expressões:

«Não vem nenhum...»
«Não há nada...»
«Não fiz nada...»
Ora, estas expressões, tão vulgarizadas, querem dizer exactamente o oposto para o qual são usadas!
Ou seja, são negações de negações:
«Não vem nenhum» = dizer que vêm todos!
«Não há nada» = que existe tudo!
«Não fiz nada» = que fiz tudo!
As expressões correctas deveriam ser, por exemplo:
«Não vem algum» ou «Não fiz algum» ou «Não fiz tudo».
O que têm para me dizer acerca disto?
Muito obrigado pela vossa atenção!
Ricardo Pereira :: :: Lisboa, Portugal

[Resposta]
Em textos antigos em língua portuguesa, vemos que as duplas negativas eram muito frequ[ü]entes. A segunda negativa servia como reforço da primeira.

A(c)tualmente, em certas ocorrências, a repetição de negativas está fora de uso, mas em outras ocorrências a dupla negação mantém-se.

Quando o advérbio não surge em primeiro lugar, podem surgir pronomes indefinidos com sentido negativo em segundo lugar. Exemplos: «Não vejo nada», «Amigos, não vi nenhum», «Não quero cá ninguém», etc.

Se o pronome indefinido com sentido negativo surgir no início da frase, não se usa o advérbio não. Exemplos: «Ninguém te viu», «Nada me interessa», «Nenhum (erro) te escapa», etc.

A. Tavares Louro :: 03/07/2007

quinta-feira, maio 14

Preciso mesmo de parar de trabalhar!

Chego à conclusão que estou mesmo a precisar de férias. Estou frito que nem uma batata frita, lento como uma lesma, sonolento como o preguiça… E mais analogias ficam por fazer, mas devido ao fenómeno lesma não me vou conseguir adiantar!

quarta-feira, maio 13

Espero ir ao engano...

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A vida tem destas coisas. Estava eu há já bastante tempo de férias marcadas para a Riviera Maya no México, quando aparece a famosa gripe suína e a viagem tem de ser cancelada. A agência sugere entretanto a República Dominicana e alguns de nós já lá tínhamos estado. E então a alternativa encontrada foi Varadero, em Cuba. Quem me conhece sabe que eu tenho exactamente 2 destinos de férias com os quais embirro em particular: o Brasil e Cuba. Exactamente... Cuba. Mas com expectativas tão baixas que tenho em relação ao destino, pode ser que venha surpreendido…

terça-feira, maio 5

Já sou um potencial dador de medula óssea

Pois é, hoje veio uma equipa ao meu emprego para saber se alguém estava interessado em ser dador de medula óssea. Eu e mais alguns colegas fomos fazer uma rápida recolha de sangue e a partir de agora temos a grande vantagem de um dia poder salvar a vida a alguém! Pode haver sensação melhor?!? Mais informações em: http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/doacao+de+orgaos+e+transplantes/medulaossea.htm

segunda-feira, maio 4

Diz-me como falas, que eu digo-te com quem andas.

A comunicação é a forma possível de conhecermos alguém. Isto numa lógica de estabelecer um grupo de amigos [e não numa lógica de uma one night stand, que isso geralmente, não obriga a grandes verborreias verbais].
E porque a comunicação é essencial, existem conversas que só podem ser tidas com alguém que domina a nossa linguagem. E isso, por último, define as nossas amizades.
Existem os chamados tiques de linguagem que ajudam a aproximar os grupos sociais, e que servem quase como um distintivo diferenciador de outros grupos, onde populam expressões como “imeeeenso”, “horrível” e outras que tais. Mas estas em particular, não são aquelas que eu queria falar.
O que eu quero falar é dos grupos que são possíveis de estabelecer pela simples razão de que cada indivíduo tem um maior ou menor número de palavras e expressões que conhece. E isso é muito variável. Sem qualquer tipo de intenção de generalizar, os jogadores de futebol, de uma forma geral, têm um dicionário bastante reduzido, e as frases costumam ser muito pouco elaboradas. Do género – “Comigo ou sem-migo, o Porto vai ser campeão”. E a falta de palavras leva inevitavelmente a raciocínios menos elaborados, porque os conceitos que estão associados às palavras pura e simplesmente não existem. E desta forma, fica condicionada à partida todo um espectro de pensamento que pessoas com um dicionário mas alargado podem ter.

E o mais curioso desta evidência, é que quanto mais alargado é o dicionário de cada pessoa, maior é o grupo de amigos que pode estabelecer. É sempre possível baixar a fasquia para que os demais percebam aquilo que quer expressar.
O inverso é que pode já não ser verdade, ou seja, uma pessoa com um dicionário mais reduzido dificilmente compreenderá muitas das conversas que são tidas entre pessoas com um dicionário mais alargado.

quarta-feira, abril 29

No Doubt...

Há já bastante tempo que não tinha um daqueles momentos clássicos em que andamos a desancar num professor com ele nas nossas costas a ouvir-nos. Mas claro que tinha de aparecer a excepção que confirma a regra. E ela teve o seu dia reservado para ontem, no meu local de trabalho.
Como muitos devem saber, o meu dia a dia é passado a comprar e vender acções, isto explicado de uma forma muito simplista. E para efectuar operações, tenho contacto com brokers a quem damos as ordens de bolsa, quer por telefone, por chat ou por videoconferência. Por outro lado, para que se consigo lucrar no trading de acções, é necessário “adivinhar” tendências de comportamento das acções, que ora sobem ora descem, e contamos com a ajuda dos brokers nesse processo.
E serve isto para enquadrar o que se passou. Um dos brokers com quem nós trabalhamos é o Kevin O’Dowd, que trabalha em Boston. E ele tem a rara capacidade de ter ideias precisamente contrárias ao comportamento do mercado. Se acha que as acções vão subir, elas descem; se acha que vão descer, elas sobem. Ora isto pode parecer mau mas na verdade é óptimo, porque ele acaba por acertar sempre, mas ao contrário. E por isso, na brincadeira, comecei a falar com um colega de mesa, a dizer que o novo nome desse broker deveria ser Kevin Contrarian No Doubt, sempre com uma bela gargalhada associada. E claro que tinha de haver uma vídeoconferencia ligada para o Kevin, iniciada por um colega que se encontrava exactamente entre nós, e que permitiu ao Kevin ouvir tudo. E claro que fui apanhado… Ele apareceu no chat a dizer coisas como: “Yeah, i know i’m a contrarian indicator of the market…”, e eu perguntei-lhe de onde é que lhe tinha vindo essa ideia, e ele disse que tinha vindo de mim. E pronto, percebi que tinha sido apanhado.

segunda-feira, abril 27

Alguma preocupação...

Se a Sida, que é a Sida, consegue manter-se propagada por todo o Mundo, e tem uma forma de contágio relativamente limitada, parece-me óbvio que não vai tardar muito a estarmos todos fungosos a afinar com uma bela de uma gripe suína. Não vejo mesmo forma de contornar esta situação. A pior parte, é que apesar de facilmente controlada, não existem stocks a nível mundial para tratar toda a gente que potencialmente ficará infectada. E já nem me vou queixar das minhas férias na Riviera Maia, que há tanto tempo esperava, e que terão de ficar adiadas para outra ocasião…

sexta-feira, abril 24

Conversa avulso no fumício do meu trabalho

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Eu (AB) – Isto estamos com um azar. Parece que cada vez que chega o fim-de-semana começa o mau tempo.
Colega de trabalho (CT) – Pois, isto parece que anda mesmo tudo desregulado. Precisávamos de qualquer coisa para ver se estes dias de chuva passassem para o meio da semana.
AB – Olha, uma boa ideia era uma bomba nuclear na Coreia do Norte. Mas uma que explodisse logo ali, que eles estivessem a montar e que rebentasse.
CT – Pois é pá, esses países é uma chatice. São imensas pessoas e ninguém tem controlo naquilo.
AB – Pois, há uns tempos vi um programa em que eles tentavam fugir pela China mas mal eles os apanhavam era reenviados para lá e torturados. Houve uma que estava grávida e espancaram-na até perder o bebé.
CT – Pois, é uma chatice. É um problema que existe na China e em África. São imensos e ninguém tem mão naquilo. E agora ainda está pior. Eles como têm uma mortalidade infantil muito alta têm sempre imensos filhos para ver se algum se safa. E agora em África põem-se a construir hospitais e ainda é pior. São ainda mais e cada vez mais pobres. Nós europeus temos uma ou duas crianças e a coisa sempre é mais estável. Ao menos na China, como aquilo é uma ditadura, eles sempre podem dizer às pessoas que só podem ter 1 filho. Mesmo assim, sabes que por ano há 150 mil jovens a entrar para o mercado de trabalho na China. É um exagero, e como são mais mão de obra do que a procura que existe, toca a baixar salários. E obviamente, chegam cá com produtos mais baratos.
AB – Pois…
CT – Sabes que eu acho que isto devia era haver barreiras alfandegárias. Assim a Europa tá lixada em três tempos. Como é que nós vamos competir com eles? E ainda por cima consumimos produtos que não respeitam as normas de fabrico ecológicas que existem para as empresas europeias. Isto no mínimo, era aplicar taxas ecológicas. Nós assim não podemos competir com eles. Se calhar estou errado, mas é assim que eu vejo as coisas.
AB – Pois, se calhar até tens razão.

Estas conversas de cigarro são sempre engraçadas.

quarta-feira, abril 22

O Pombal da Avenida da Liverdade

Há aqui perto do meu trabalho um conjunto de sem abrigo considerável, que costumam deambular aqui pela Av. da Liberdade, para cima e para baixo, sem destino ou ocupação. Daqueles que quando uma pessoa vê se afasta sempre que pode, porque eles fedem e muitas vezes já não são deste Mundo, tendo diálogos permanentes consigo próprios, com uma convicção que arrepia qualquer um. E são também estes senhores e senhoras, que amiúde, se entretêm a alimentar os pombos com pão, milho ou arroz. E ali ficam curiosos a ver a bicharada a alimentar-se. Devem ser os poucos seres vivos que vêm exactamente na sua direcção e no final nunca atalham caminho. Estão mesmo aliás de olho nestes sem abrigo à espera de uma porção de comida. E estes senhores parecem retirar destes actos uma grande alegria, pois os seus olhos ficam vibrantes com o espectáculo.

Mulheres, relaxem!

No meu percurso diário para o trabalho, costumo passar pela Basílica da Estrela, contorno o Jardim da Estrela e chego à rotunda ao pé de uns infantários que depois dá acesso ao Rato. Como de manhã às horas que passo há sempre pais a deixar os seus filhos nas escolas, acontece sempre uma das faixas de rodagem estar ocupada por carros parados. E naturalmente, existe uma espécie de acordo tácito de que nessa altura, acaba por se deixar passar um carro de cada vez, de forma a que o trânsito continue a fluir normalmente. Toda a gente sabe que um dos principais problemas dos engarrafamentos é aquele jogo do “ver quem é que consegue lixar o outro” e passar antes, criando uma certa imprevisibilidade quanto à certeza de passar e levando a uma redução da velocidade. E das poucas vezes em que me “tramaram”, [quando tentei virar para a esquerda porque tinha um carro parado à minha frente], quem estava ao volante era uma mulher. Estou eu muito bem a assumir aquilo que se passa à nossa frente, em que passa um de cada vez e vejo um carro [com uma mulher ao volante], a acelerar e a encostar-se ao carro da frente para não me deixar passar. Claro que eu fico com o meu sistema nervoso em alta rotação e só me apetece adormecer a cabeça em cima da buzina por uns segundos, para a senhora perceber que é uma besta. E isto leva-me a pensar noutras situações em que as senhoras estão ao volante. É engraçado que não me lembro de uma única vez ver uma senhora bem disposta, quase com aquele ar infantil que os homens fazem, a fazer um sinal para o outro carro passar só porque está bem disposta com a vida. É algo muito habitual nos homens. Quer sejam homens para outros homens, como quem diz, passa meu amigo, és um gajo porreiro, quer seja homens com mulheres, do género, sou um cavalheiro e podes passar, minha querida.
Quando quem está ao volante são mulheres, só as apanho sisudas, mal dispostas, quase vingativas, e têm essa atitude tanto para com homens como para com mulheres. Passadeiras, também são algo que está lá para colorir o chão da estrada, porque de cada vez que estou à beira de ser atropelado lá vem o rosto sisudo de uma mulher. Sei que estou a generalizar, mas é de facto esta a minha experiência pessoal. Mas agora o que me intriga é a razão disto acontecer. Será uma questão antropológica, em que as mulheres depois de terem cedido durante tanto tempo aos homens sentem agora a necessidade de ter uma reacção exactamente inversa? Mas aí, porque seriam assim também para os seus pares mulheres? Será porque também aí sentem necessidade de saírem airosamente vitoriosas para chamar a atenção dos machos? E se assim for, onde é que eu meto as lésbicas no meio disto tudo? Ou será que elas conduzem de forma diferente? Tenho que averiguar esta situação com mais atenção. Entretanto, vou gerindo como posso esta situação de partilhar a estrada com estes seres estranhos…

segunda-feira, abril 13

Não sou muito destas coisas...

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Mas ontem ouvi uma frase que gostava de partilhar.

"Tão ou mais importante do que ter respeito para com os outros, é termos respeito por nós próprios"

terça-feira, abril 7

Do's and Dont's

Sempre tive e acho que ainda tenho uma certa capacidade de desfasamento entre aquilo que era o entendimento comum um relação a um determinado tema e aquilo que era o meu próprio entendimento. Não se trata de fazer um pé de guerra nem de hastear uma bandeira, trata-se apenas de tentar perceber mais a fundo os temas para depois ter uma opinião mais sustentada. Um exemplo disso é a escolha das árvores de Natal naturais versus em plástico. Sou a favor das árvores de Natal naturais. Por várias razões. A primeira tem a ver com o facto de para as termos por altura do Natal ter de existir espaços de cultivo de pinheiros. Parece-me interessante ter terrenos ocupados por espaços verdes onde os pinheiros processam o dióxido de carbono gasto, por exemplo, a produzir árvores de Natal em plástico. Por outro lado, está provado que uma árvore jovem tem uma capacidade de absorção de dióxido de carbono superior aos seus exemplares em adultos. Donde, não me choca nada a questão do seu desbaste em idade infantil. Faço obviamente um parêntesis para a situação de abate selvagem de pinheiros em zonas protegidas, mas aí o que existe é falta de fiscalização. Escrevo isto apenas para exemplificar as frases do início.
Voltando ao tema inicial, para além de tentar ter uma ideia própria sobre os diversos temas, muitas vezes tenho também a capacidade de assobiar para o lado quando determinadas evidências não me são interessantes. Quero com isto dizer que sabendo que deveria fazer determinadas coisas, ou pelo inverso, que não deveria fazer determinadas coisas, faço-as ou não as faço, respectivamente, conseguindo não me penalizar ou ter problemas de consciência sobre essas minhas atitudes menos correctas.
Por exemplo, andar na faixa do BUS é evidentemente errado, mas eu de vez em quando estou lá batido e acarreto todas as responsabilidades que possam daí advir.
E aqui chego onde queria chegar. Tenho conseguido criar uma certa barreira aos lugares comuns que um ser que vive em sociedade é constantemente levado a seguir. Mas é cada vez mais difícil. E é cada vez mais difícil pôr de lado os problemas de consciência com que eu fico por não as acatar. E o culpado é a publicidade. E também o meu cansaço. Então não é que agora dou por mim a olhar para os reclames e a pensar que devia estar a aplicar o produto para o retardamento da calvície, o líquido para as gengivas, o iogurte que regula o trânsito intestinal, os métodos de Pilates para pôr a minha postura corporal em condições, as refeições light sensaboronas, o adoçante no café, o leite com ómega3, a manteiga baixa em colesterol, etc, etc.
Dou por mim a pensar que devo ser um ser mesmo muito pouco exigente consigo mesmo por não ser capaz de levar uma vida mais saudável, mais responsável.
E o problema está na publicidade. Com as frases como seja responsável, beba com moderação, como é que eu a seguir a beber uns copos a mais posso ficar bem disposto com o resultado? Ou então as Formas Luso, que dizem para começarmos o ano naturalmente em forma. Ou a manteiga Becel, que nos pede para amarmos o nosso coração. Ou então a Actimel, que me ajuda a reforçar as defesas naturais. Ou os colchões Colunex, os únicos que me podem dar uma boa noite de sono…
Eu sempre consegui manter a cabeça fresca e arejada e dar o devido valor ao que se ouve à nossa volta mas às vezes é difícil fazer esse exercício. O Mundo não seria melhor se obrigassem a uma revisão dos conteúdos da publicidade? Mas quem são eles para falar de responsabilidade? Quem são eles para me dizerem que eu não tenho comportamentos saudáveis? Pedi-lhes alguma opinião? Bom, era só um desabafo!

terça-feira, março 31

O mar revolto ou a beleza dos recifes

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Depois de mais umas emoções fortes, parece que o mar começa a amainar novamente. Esse mar sábio que sabe sempre revolver os mais inacessíveis recantos da flora marinha, desbastando-a com violência, e livrando o acessório, deixando apenas o essencial de cada ser. Para depois transformar tudo em espuma que fica a ressequir na areia sob um sol escaldante de meio-dia.


E, novamente, toda a flora marinha inicia o seu processo de regeneração natural na expectativa de que um dia aquele mar violento e revolto se transforme num paraíso natural, digno dos recifes mais belos do planeta. Daqueles onde a água é clara, transparente mesmo, onde existe imensa cor e harmonia, e onde tudo parece estar em paz, como o Mar da Tranquilidade, que fica na Lua, e que apenas de tempos a tempos recebe visitas de seres humanos, sem que nada permaneça diferente.

quarta-feira, março 4

Avó

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Passaram agora pouco mais de 2 meses desde a morte da minha avó. Até há bem pouco tempo ninguém tão próximo de mim tinha falecido. Era uma morte anunciada e tivemos todos muito tempo para maturar a ideia da sua partida. E quando fui informado, estranhamente, pareceu apenas o culminar de uma sombra que me ocupava o pensamento. De facto, e apesar da intensidade que acarreta sempre um funeral e todas as emoções que desperta, pareceu-me que a sua função por cá estava plenamente cumprida e só tenho que estar grato por ela ter sido a minha avó. Não tenho sofrido com a ausência dela ainda que não me importasse de a rever. Todas as vezes que me lembro dela fico com uma sensação de conforto e de paz interior. E às vezes quando estou com dificuldade em adormecer basta lembrar-me dela para adormecer em poucos segundos.

Numa outra forma, desta vez espiritual, a minha avó estará sempre comigo e ela estará onde sempre quis estar. Junto a Deus que ela tanto venerou em vida e que tanta sorte teve em tê-la de volta!

segunda-feira, fevereiro 9

Hamburgo

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aaaaaaaaaa
aaaaaaa
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Estou agora numas mini-férias em Hamburgo! Sim, está frio mas a cidade está bem preparada para este clima. Além disso tem óperas a 4 euros, o que é uma oportunidade a nao perder!


Aqui fica uma imagem do porto de Hamburgo.