segunda-feira, julho 30

Resultados da 2ª reedição das votações


Pois é! Pelos resultados da votação, não parece haver muitas dúvidas sobre o quão estimulante é a vida de cada um de nós. Uma espécie de pedrada no charco naquele que eu diria que é o estado de ânimo geral dos portugueses. Aquele ar de resignado com o que a vida tem para lhe oferecer. Se calhar esta energia toda é por sermos jovens! Bom, independentemente desta interpretações de vão de escada, o que interessa é que estejamos animados e curiosos em relação à vida. Muito bom!

terça-feira, julho 24

Why do they want my blood?


Amanhã é dia de análises! Espero que a provação compense!

quarta-feira, julho 18

Resultados da 1ª reedição das votações




A amostra não é significativa, mas deve ter sido preenchida por amigos meus, já que os destinos de eleição para uma saída em Lisboa são coincidentes.


Quanto à pessoa que acha que já está demasiado velha para saír à noite, digo-lhe que saír à noite torna as pessoas mais jovens. Logo, toca a saír à noite para rejuvenescer!

Metro


Gosto muito de andar de metro. É uma bela oportunidade de observar pessoas de forma próxima sem que passemos por voyeurs.
Hoje ocorreram três episódios desde a Quinta das Conchas até aos Restauradores.

À chegada ao Campo Grande, houve a barafunda habitual de entradas e saídas e uma senhora resolveu sentar-se à minha frente.
Eu estava sentado no sentido do movimento da carruagem. Vejo a senhora a passar ao meu lado, a posicionar-se à minha frente e o sinal sonoro das portas a fechar. Durante estes segundos, as portas estremeceram quando fecharam e o metro arrancou imediatamente. Quem anda de metro sabe instintivamente que na maioria das vezes, o som das portas a fechar é seguido de um arranque pujante em direcção à próxima paragem mas acho que as pessoas com a idade vão perdendo estas faculdades.
E então, ocorreu o inevitável. No momento em que a senhora estava quase, quase sentada, mas ainda afastada do banco, e com as pernas flectidas, eis que as leis da física não perdoaram e a senhora acabou por vir para cima de mim, com todos os seus 80 kg, para de seguida conseguir sentar-se finalmente no seu lugar. Eu abri um sorriso e ela não aguentou e também começou a sorrir, como que a libertar a vergonha do que tinha acontecido.

Mais à frente, em Entrecampos, entra um estudante do Técnico, que devia estar a poucas horas de um exame.
Sentou-se ao lado de uma velhinha, muito velhinha, que com o aproximar da morte devia querer aproveitar todos os segundos que lhe restavam. E então, mal o estudante abre o caderno de apontamentos com a insígnia do IST, a senhora lança-se com um sem terminar de perguntas clássicas, só mesmo para meter conversa, do género: “Então, é estudante?”; “Está a estudar o quê?”; “Que idade é que tem?”.
O estudante sempre muito atencioso nas respostas mas sempre que tinha uma oportunidade desviava o olhar para o caderno para aproveitar os últimos segundos para pôr a matéria em dia.

Já no Marquês de Pombal, na transposição da linha Amarela para a linha Azul, na passagem rolante, vinham dois jovens em sentido contrário, a dificultar a passagem das pessoas que vinham em sentido contrário, como era o meu caso.
Primeiro fiquei um pouco indignado, por achar que estavam a dificultar a vida às pessoas mas mais à frente vi um casal que deviam ser os pais dos miúdos com um sorriso estampado na cara, a apreciarem a reguilice dos seus meninos.

Às vezes faz falta alguém para abanar um pouco o status quo.
Se estas histórias não se tivessem desenrolado a minha viagem de metro tinha sido um tédio…

terça-feira, julho 17

Think Twice

Há muito, muito tempo, quando estava na missa do colégio de freiras, por altura do Natal, o padre perguntou: “ O que é que significa para vocês o Natal?”.

Depois, o padre foi seleccionando algumas pessoas com o dedo no ar, que diziam os habituais “Significa o nascimento de Jesus”; “Significa a partilha”; “Significa a solidariedade entre as pessoas”…

Até que a certa altura, um rapaz frenético com o dedo no ar foi chamado, e disparou um sonoro e cheio de convicção “ O Natal significa presentes”!

Gerou-se naquela missa uma risada geral, do género, o rapaz ainda é pequenino, a família ainda não lhe deu muita educação, e não lhe explicou que nestas missas, e na presença dos padres não se devem dizer essas coisas. Tem que se dizer daquelas frases mais profundas, mais pomposas.

Claro que depois a família do rapaz ficou toda envergonhada mas o episódio ficou por ali.

Isto leva-me a pensar na quantidade de miúdos que por quererem agradar aos adultos acabam por dizer frases de adultos quando lhes perguntam coisas simples. E muitas dessas pessoas não só repetem as frases dos adultos como ganham essas convicções muito cedo, não se questionando mais sobre essas ideias que tomam por correctas – foram ditas pelos seus pais mas podem estar incorrectas.

Por isso mesmo, pessoas com frases feitas e com pouca capacidade de se interrogar sobre muitos conceitos e ideias veiculadas pela maioria, despertam-me pouco interesse e vontade de aprofundar relação.

segunda-feira, julho 16

Last Manic Monday

Six o' clock already
I was just in the middle of a dream
I was kissin' Valentino
By a crystal blue Italian stream
But I can't be late
Cause then I guess I just won't get paid
These are the days
When you wish your bed was already made

It's just another manic Monday
I wish it was Sunday
Cause that's my fun day
I don't have to run day
It's just another manic Monday

Have to catch an early train
Got to be to work by nine
And if I had an aeroplane
I still couldn't make it on time
Cause it takes me so long just to figure out what I'm gonnawear
Blame it on the train
But the boss is already there

It's just another manic Monday...

All of the nights
Why did my lover have to pick last night
To get down
Doesn't it really matter
That I have to feed the both of us
Employment's down
He tells me in his bedroom voice
C'mon honey, let's go make some noise
Time it goes so fast
When you're having fun

By Bangles

terça-feira, julho 10

Final Countdown




Pois é… O Verão está mesmo aí a chegar. E digo isto porque Verão para mim são férias, e elas estão aí.


Acabada esta semana e despachada a próxima, serão 3 semanas e meia de férias que ainda não planeei. Acho que vou guardar uns dias na cidade para pôr a leitura em dia, dormir umas noites descansado e traçar o plano das minhas férias.

Tenho algumas hipóteses em cima da mesa: Porto Santo, Castelo de Bode, o eterno Algarve, Paris, Costa Alentejana, festivais de Verão, Portalegre.

Não tenho dinheiro é para grandes aventuras, a não ser que saia com uma indemnização choruda… Além de que tenho de poupar dinheiro se me quero mudar em Setembro de 2008.

domingo, julho 8

Festival MUSA


O concelho de Oeiras tem 20 bairros sociais. Bairro Bento de Jesus Caraça, Bairro da Terrugem, Bairro Luta Pela Casa, Bairro Corações, Bairro dos Barronhos, Bairro Dr. Francisco Sá Carneiro, Bairro dos Navegadores, Alto da Loba, Bairro do Bugio, Bairro Ribeira da Lage, Bairro S. Marçal, Bairro Outurela/Portela, Bairro Moinho da Portela, Pátio dos Cavaleiros, Bairro Encosta da Portela, Bairro do Pombal, Quinta da Politeira, Casal da Medrosa, Bairro Moinho das Rolas e Casal Deserto.
É, ao mesmo tempo, o concelho de Portugal com maior PIB per capita e com maior número de licenciados.

Temos, portanto, neste concelho, enormes diferenças sociais. E elas notaram-se bem quando neste Sábado fui assistir ao festival Musa em Oeiras.

No festival estavam lado a lado gangs com meninos dos colégios. Miúdos das barracas e miúdos das casas com vista para a mar. Sentia-se alguma tensão no festival. Uma espécie de paz podre. Uma trégua na luta diária para ouvirem música reggae.

Houve uma situação em particular que mostrou como as coisas não estão nada bem por aquele lado…

Na fila imensa para pedir cerveja nos únicos 4 espaços dedicados para o efeito, acontecia um fenómeno inacreditável a que as pessoas assistiam com toda a passividade do Mundo e que a mim me deixou muito irritado por dentro…

Sempre que algum elemento do gang (e eram sempre vários ao mesmo tempo), decidia que queria uma cerveja, ia directamente para o balcão e passava toda a gente à frente porque se achava no direito de não ter de esperar como o resto das pessoas…

Iam sempre em grupos de 5/6 e ninguém lhes dizia absolutamente nada, porque todas as pessoas tinham medo do que poderia acontecer caso reagissem. E eu também tive. Então era ver a cara das pessoas indignadas, a cruzarem olhares umas para as outras e a desviarem-nos sempre que os cruzavam com algum dos elementos do gang.
Por outro lado, era ver os empregados a darem-lhes cerveja, completamente resignados, como se nada pudessem fazer. E, provavelmente, não podiam…

No fundo, era como um grito de revolta do gang a demonstrar a sua superioridade em relação ao resto das pessoas…

Cá para mim, é no fundo uma resposta para um conjunto de problemas que estas pessoas têm para aceder a muitas das coisas que a nossa sociedade oferece. Porque não têm dinheiro, ou simplesmente porque não correspondem ao modelo de comportamento da restante população.

Nessa mesma noite, tive a prova de que existem espaços onde estas pessoas não podem entrar. Mais uma vez porque não têm dinheiro, ou porque não correspondem ao modelo de comportamento da restante população.

Como se não tivesse direito a lá entrar. E efectivamente não têm. E provavelmente nunca terão. Fui ao Tamariz, e não vi nenhum elemento de um gang. E se por lá estava, estava muito bem disfarçado porque eu não reparei.

Vamos lá ver se no próximo festival Musa as coisas já melhoraram. Acho que não…

quarta-feira, julho 4

Quuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuase de férias!



Pois é... já falta pouco para o início das minhas férias. Vai ser uma boa ocasião para deixar de fazer teatro ainda que tenha gostado imenso da experiência do teatro numa Jam Session da Deloitte.

Para os mais sensíveis, isto é apenas uma analogia rápida que me lembrei de fazer. Não que andasse necessariamente a fazer teatro…

Na foto podemos ver uma belissima colaboradora encetanto uma representação rigorosa e plena de sentimento, coadjuvada pelo seu colega de t-shirt às riscas. Quem será???

Será que isto se passou perto de um fds fantástico? Não sei... se calhar já foi há umas semanas atrás...