terça-feira, junho 30

Angola, o funil de África

Já se ouvia em conversas de café há muito tempo que para iniciar projectos empresariais em Angola era preciso o apoio do presidente José Eduardo dos Santos ou familiares próximos. E é o que tem acontecido sempre que as empresas portuguesas tentam entrar no mercado angolano. Mas se dantes a coisa era relativamente abafada e escondida, agora é tudo feito às claras. É notícia diária de jornais.
Aqui podem ver no portal das empresas do Governo de Angola as ligações da filha de José Eduardo dos Santos às empresas portuguesas.
A mim o que me perturba não é a iniciativa empresarial da família Santos, mas apenas a sua “capacidade” de entrar no capital de qualquer empresa portuguesa que queira investir em Angola. Faz-me lembrar com demasiada semelhança as máfias que existiam em Nova Iorque e as máfias que ainda existem em Itália, há pouco tempo retratadas em filme. Acho verdadeiramente terceiro mundista que esta situação não seja comentada na nossa comunicação social. Porque se está na moda uma empresa ambientalmente responsável (que é agora a nova moda nas empresas) acho que não deveria ter passado de moda a responsabilidade social que qualquer empresa deve ter para com o povo angolano.

quinta-feira, junho 25

E agora já num estado de maior libertação mental!

Já tenho cartão MB, daqui a meia hora já tenho o pedido de cartão de cidadão tratado. Já fui buscar as análises. Já fui ao médico. Já marquei restaurante e realizei o bendito jantar. Ainda faltam as restantes coisas, mas já estou a ver a situação menos nebulosa! :)

quarta-feira, junho 24

Temas a mais para tratar provocam lentidão mental…

É neste estado em que eu estou! Roubaram-me a carteira há uns dias. Cancelei os cartões. Agora tenho que tratar de renovar cartões. Tenho que ir à loja do cidadão. Tenho também que ir ao médico. Tenho que ir buscar as análises. Tenho que marcar mais uma consulta. Tenho que devolver o dinheiro a quem me emprestou. Tenho que marcar restaurante para o meu jantar de anos com pais e irmãs. Tenho que decidir se vou ou não para a Areia Branca este fim-de-semana. Tenho que mandar mensagens que estão em falta. Tenho de comprar roupa para o trabalho. Tenho que azucrinar a cabeça à minha Lenka que não põe lá os pés à semana e meia. E por isso, ainda nem comecei a pensar nas próximas férias...

quinta-feira, junho 18

Já chega...

Estava eu a caminho do meu reparador almoço em casa, depois de uma manhã de trabalho, e apanho pelo caminho mais uma manifestação de professores. Sem querer parecer reaccionário, já não tenho muita paciência para esta gente. Já não vou à questão das avaliações, que acho perfeitamente razoável. Nem vou entrar por aí. Nem sequer está aí a questão. O que esta gente tem que perceber é que trabalha para o Estado. E quem manda no Estado é o Governo. E este é eleito por todos nós. Por isso, o Estado funciona como nós achamos que deve funcionar. E quem trabalha para o Estado tem mais é que acarretar aquilo que o Estado determina. Estão insatisfeitos, procurem emprego noutro lado. Ah, e tal, os colégios também não oferecem boas condições… Então, vão trabalhar fora do sector do ensino. Eu também estou a trabalhar numa área em que não me formei. E conheço muitos amigos meus nesta situação. Ninguém está a obrigar os professores a trabalhar nem mais nem menos. Eles têm sempre a opção de mudar de emprego. Isto irrita-me sobejamente. Acho que é preciso muita lata para me interromperem a estrada no caminho para minha casa. E como dizia o meu avô, vão mas é cavar batatas.

segunda-feira, junho 15

Back to Business

Regresso ao trabalho. Regresso à rotina. Esperemos que a uma nova rotina. Mais sensata. Mais equilibrada. Vamos lá ver o que sai na rifa desta vez...