terça-feira, março 31

O mar revolto ou a beleza dos recifes

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Depois de mais umas emoções fortes, parece que o mar começa a amainar novamente. Esse mar sábio que sabe sempre revolver os mais inacessíveis recantos da flora marinha, desbastando-a com violência, e livrando o acessório, deixando apenas o essencial de cada ser. Para depois transformar tudo em espuma que fica a ressequir na areia sob um sol escaldante de meio-dia.


E, novamente, toda a flora marinha inicia o seu processo de regeneração natural na expectativa de que um dia aquele mar violento e revolto se transforme num paraíso natural, digno dos recifes mais belos do planeta. Daqueles onde a água é clara, transparente mesmo, onde existe imensa cor e harmonia, e onde tudo parece estar em paz, como o Mar da Tranquilidade, que fica na Lua, e que apenas de tempos a tempos recebe visitas de seres humanos, sem que nada permaneça diferente.

quarta-feira, março 4

Avó

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Passaram agora pouco mais de 2 meses desde a morte da minha avó. Até há bem pouco tempo ninguém tão próximo de mim tinha falecido. Era uma morte anunciada e tivemos todos muito tempo para maturar a ideia da sua partida. E quando fui informado, estranhamente, pareceu apenas o culminar de uma sombra que me ocupava o pensamento. De facto, e apesar da intensidade que acarreta sempre um funeral e todas as emoções que desperta, pareceu-me que a sua função por cá estava plenamente cumprida e só tenho que estar grato por ela ter sido a minha avó. Não tenho sofrido com a ausência dela ainda que não me importasse de a rever. Todas as vezes que me lembro dela fico com uma sensação de conforto e de paz interior. E às vezes quando estou com dificuldade em adormecer basta lembrar-me dela para adormecer em poucos segundos.

Numa outra forma, desta vez espiritual, a minha avó estará sempre comigo e ela estará onde sempre quis estar. Junto a Deus que ela tanto venerou em vida e que tanta sorte teve em tê-la de volta!