sexta-feira, janeiro 12

O segredo da imortalidade


No outro dia pus-me a pensar e cheguei a uma conclusão. Só morre mesmo quem quer. Ou seja, só desaparece da face da Terra quem não se mexe…
Pode parecer absurdo mas não é! Cheguei a esta conclusão quando discutia com um colega de trabalho sobre questões relacionadas com a memorização. Estávamos a falar sobre que existem algumas pessoas que conseguem fixar uma enormidade de informação com aparente facilidade. Ao que soube no decorrer da conversa, existe um senhor que consegue reproduzir uma sequência de 52 cartas de jogar com apenas uma observação. Basicamente, se nós pegássemos num baralho de cartas e o baralhássemos, e distribuíssemos as 52 cartas numa dada sequência, o senhor conseguia reproduzi-las. Ele dizia que a forma que arranjava para fixar a sequência era contar uma história à medida que visualizava as cartas. Do género, a rainha de copas foi tomar um café com o 7 de paus….e por aí fora. Eu avancei também com algumas teorias que tenho ouvido aqui e ali, no caso sobre que na verdade nós não fixamos os números do nosso telemóvel mas antes a melodia associada aos números ditos de uma determinada forma. Basicamente, se costumamos dizer 96 552 67 32, dificilmente conseguimos acabar de um dizer de uma forma rápida se nos pedirem para começar por 965 526… porque a sonoridade é outra. Desta conversa comecei a pensar que na verdade uma pessoa passa a vida a tentar descobrir a forma como o nosso cérebro está programado, já que aparentemente há formas mais fáceis de optimizar o nosso cérebro. No caso em questão, existem formas mais fáceis do nosso cérebro fixar do que outras. Isto resulta de milhões de anos de evolução genética, que vem numa primeira linha dos nossos pais e acaba no princípio dos tempos.
Comecei a pensar nisso, na questão de que muito do que sou eu é uma herança genética e foi aí que percebi que na verdade, já cá estou neste mundo há muitos milhões de anos…
Isto porque, se pensarmos bem, o ser humano que é cada um de nós é o resultado do cruzamento de material genético vivo, o óvulo e o espermatozóide. Ou seja, há um bocadinho de material genético vivo que foi passado do corpo dos nossos pais para nós, da mesma forma que já passou também dos nossos avós para os nossos pais, e por aí forma….
É incrível pensar desta forma, mas nós já estamos neste Mundo há muito tempo.
Daí a introdução de que em boa verdade só morre quem quer, na medida em que é sempre possível (na generalidade), deixar-mos um pouco de nós por muitos mais anos…

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